terça-feira, dezembro 20, 2005

2005 O Grande Final

Palavras para quê?

muito se fez ao longo de 2005
muito ficou por se fazer
muito não se fez por se ter evitado
por medo, por fraqueza, por covardia
por estupidez, por ...
muito não se devia ter feito mas que se fez
por altruísmo, por engano, por insensatez , por ...
muito ficou por se dizer
muito ficou por se dar
muito ficou por se receber

vai terminar 2005 dentro de 11 dias
(e algumas poucas horas)
há quem faça balanços de final de ano
há quem faça planos para o próximo ano

eu simplesmente pergunto:
Palavras para quê?


Boa Saida de 2005 e Bom Ano 2006 para ti

e é Natal

Ho Ho Ho
é Natal
será que o Pai Natal vai ser bondoso e,
principalmente, mãos largas, este ano????
:)
hum... a ver vamos
pois...

bem, eu fiz um pedido muito especial
espero que se realize:
Pedi 'AMOR' para todos os que amo
(Pais, Manas, Sobrinhos, Amigos)

Alegria, saúde, ternura, carinho
Muitos momentos de felicidade
Os amigos e a familia pertinho
Respeito, generosidade e solidariedade (no Mundo)

meu amigo Luís FA

nós dois sabemos que
existem aquelas pessoas
que de longe nos abraçam sempre,
nos altos e baixos desta vida;
aquelas pessoas que nos sorriem
que nos ouvem,
que estão lá
sempre

nós dois sabemos que
estamos sempre
um para o outro

espero que o vazio no teu coração suavize
pois dessa dor, infelizmente, não te posso curar
só te posso ajudar a suavizar
até ficar somente aquela saudade gostosa
as lembranças de momentos bons, felizes,
e só te posso dizer: Sorri e vai em frente!
beijo no teu coração

quinta-feira, dezembro 15, 2005

o bilhete ... (13)

hoje queria poder ter sentido o brilho do dia no meu despertar,
envolver-me de folhas secas que caem denunciando o verão...mas sinto-me....


- seria eu uma folha ....

«em nome da tua ausência construí com loucura uma grande casa grande
e ao longo das paredes te chorei»
de Sophia de Mello Breyner Andresen


segunda-feira, dezembro 12, 2005

Rita, a rosa

Segundo o horóscopo das flores, és uma Rosa( 29 Agosto); na Atlântida, a rosa era o símbolo da intensidade e do prazer de viver. Assim, as pessoas que nascem sob o signo de Rosa são ternas, afectuosas, verdadeiras e intensas. Buscam a plenitude em tudo o que fazem e jamais fogem dos desafios, pois sentem uma profunda alegria em vencer os obstáculos.Sabem extrair o melhor de cada experiência e jamais perdem tempo lamentando ou reclamando de alguma coisa. Apreciam elogios, mas não fazem nada para sobressair. Generosas, gostam de fazer os outros felizes e ficam na expectativa de colher amor e gratidão.


Isso é o que eles dizem.... eu, digo simplesmente o seguinte (nada do que já não saibas):
que não é a convivência que faz com que as pessoas sejam mais ou menos amigas; que esse laço é inexplicável, é uma ternura que não se toca, não se vê a olho nu, e sim com o coração; pedir mais do que um sorriso cheio de ternura é estragar a magia; que o nosso coração pode estar sofrido mas que a nossa cara esteja alegre, a sorrir para a vida:)
e tu tens um nobre coração!


(foto de PP...Eu claro :) )


o bilhete ... (12)

- tantas vezes perdido
tantas vezes sem retorno
só queria saber onde estou
só queria saber como voltar ....
... adoro-te... mesmo estando louco....
estou a fugir do que acredito do que sou



O tempo não espera por mim!

o bilhete ... (11)

como quanto anuncias o dia
acaricias a minha pele, gelada
iluminas o meu sorriso, tímido
e abraças o meu corpo caído...


- ... és aquele lado que nunca quis para mim...
e não tenho conseguido evitar


sexta-feira, dezembro 09, 2005

o bilhete ... (10)

mas do que a tua voz
a tua presença e o teu olhar
em mim
adoro-te


-« o sol arde,
arde
sem compaixão
mas o vento é de Outono

através da racha da lareira
o gato vai ter com a sua amada»
(Matsuo Bashô)


Imbondeiro (1)

(foto de Luis Graça - Set/2004 - Museu da Escravatura - Luanda/Angola)

Os meus momentos de repouso ...

a esteira está estendida,
a dor nas costas
de tantos anos sofrida

beijo o chão
com os pés descalços,
o corpo pede um descanso

a esteira está estendida
por debaixo do imbondeiro,
protege do sol magistral,
que acaricia a pele,
ventre frágil,
avisando a sua chegada

a esteira está estendida
e com ela
um convite aberto,
um preguiçoso bocejo,
um encosto,
um precisado descanso
há um ano acumulado

a esteira está estendida
e será por mim acolhida
- bom descanso, amigo.
Bem preciso.

Os meus momentos de rasgo...

quero rasgar o rosto,
desnudar a minha límpida face,
mostrar o coração nu

sinto os ossos dançarem
ao som da pauta decorada
do meu coração despido

quero sublinhar rosas
nas linhas amarelas
da página desse coração

e tenho medo,
medo que me matem
mas eu não tenho medo,
medo de morrer

por isso,
vou rasgar o rosto,
hoje, amanhã, ao almoço
para te dar de presente
o meu coração nu.

Os meus momentos de realce...

hoje o dia nasceu exausto
cansado da soletração
do outro dia
antes do dele
e depois do outro
fatigado pela movimentação
dos utentes desse dia
do antes do dele
e do outro

hoje o dia quer-se debandar
da chama banzeira que lhe pede
um prolongamento de vida
mas, ele está arrasado,
vem seguindo as pegadas
do dia de ontem
e do outro

e, à sombra da palmeira,
mãos cruzadas
sob a pança acumuladada,
ele decide que
não quer ser mais dia
quer ser noite,
pois o dia é longo,
e à noite
esquecemo-nos que há um dia
que vem do outro dia
e do outro

Os meus momentos de reviravolta...

é o vazio
da cor do vácuo
e crua;
é um pretexto
de se sentir nua
ele é um caso perdido,
baldio

é o silêncio
perdido na noite desse dia,
o dia que nasceu
sem nostalgia

sou eu,
coração alheio,
ferido, chama e pede ajuda,
geme, diz que está sofrendo,
perdoa, mas não esquece...

os meus momentos de revelação...

Uma gota de ternura
na minha cara magoada
sincera e pura
uma eterna apaixonada

Uma gota de amor
no teu rosto meigo
sincero, cheio de cor
o teu carinho,
o teu beijo

Uma gota de ternura
em nós sempre presente
nossos rostos, nossos beijos
nosso carinho, desejos
em cada hora, sempre.

(sou eu na foto :) )


o bilhete ... (9)

«Tinha a cara húmida e os olhos desbotados
o seu corpo estava quente como uma botija em lençóis frios
deitada sobre os seus joelhos
o seu corpo enroscado cabia todo...» Pedro Paixão

- as palavras leva-as o vento...
e se escreveres na areia... é o mar que as leva...

terça-feira, dezembro 06, 2005

keep balance

o bilhete ... (8)

- ainda não tenho idade para reforma e ainda sou novo para deixar de trabalhar;

insanidade a parte... tenho saudades tuas...

o bilhete ... (7)

- continuo isolado do mundo em trabalho. adoro-te (pois... a distancia faz-me dizer insanidades, ou não...)


“É tão bom chegar de manhã e ter uma mensagem tua, agradável e é um cúmplice para um dia mais sorridente – tento fazer os dias sempre sorridentes e cheios de bom humor; fazer do quotidiano algo profundo e cheio de surpresas, desviar da monotonia que enfraquece o bom humor...
espero que não seja insanidade... estás sempre a tentar justificar actos com a tua idade; pareces daqueles velhos que culpam a idade por tudo e por tudo...”

o bilhete ... (6)

“Hoje sinto-me perdida numa floresta desconhecida, cheia de fantasmas e sons indiscritíveis; queria poder voar bem alto, abraçar a minha solidão e aterrar no mar… hoje sonhei que me zangava contigo, não me lembro do motivo da discussão…e particularmente hoje sinto-me perdida…parece que mais um ano da nossa vida passa e não fizemos nada, tudo parece estagnar e o tempo a passar…”


- nunca me zangarei contigo. dorme tranquila. um beijo.
(ps: continuo em Paris)


terça-feira, novembro 29, 2005

carta para o...

Querido Pai Natal

pois é meu, todos os anos é sempre a mesma coisa, escrevo e népias...
ou tenho a morada do Polo-Norte errada, ou andas esquivo;
já te disse, que me porto sempre bem todos os anos
--------- e continuo sem a minha pequena ilha exôtica tropicaliente
e sem o meu pequeno tesouro... ------------------------
mas, que raio de Pail Natal és tu?
ora bein:
- onde estão as pedras?
- pequeninas pedras que fazem qualquer ser humano feliz -?!
vês??? não peço dinheiro, só umas pequeninas pedrinhas....
com elas a minha vida seria diferente, mais alegre, mais solta, mais brilhante...
vê lá se arranjas um tempinho este ano e enches o meu sapatinho
com algumas pedrinhas brilhantes como deveriam ser os dias
todos os dias
queres negociar o meu pedido?

licitações abertas.....
&
aguardo deferimento

segunda-feira, novembro 28, 2005

saborear o gosto do teu rosto...

Saborear o gosto
do teu rosto
como se o teu
fosse mel
e o meu fosse teu

Saborear o gosto
do teu rosto
como se o meu
fosse teu
e o teu
fosse de sempre

Saborear o gosto
do teu rosto
como se o meu
fosse de hoje
e o teu
o de ontem

Saborear o gosto
do teu rosto
como se hoje
nao fosse ontem

e em cada dia
que passa
o ontem foi hoje
saboreio o teu
do meu
onde o meu
ja nao e meu

Tanita Tikaram


Estas músicas são lindas:

Something New

Play Me Again

Love Is Just A Word

More than twist in my sobriety


(...)
Look my eyes are just holograms
Look your love has drawn red from my hands
From my hands you know you'll never be
More than twist in my sobriety

We just poked a little pie
For the fun people had at night
Late at night don't need hostility
The timid smile and pause to free
(...)
Cup of tea, take time to think, yea
Time to risk a life, a life, a life
Sweet and handsome
Soft and porky
You pig out 'til you've seen the light
Pig out 'til you've seen the light
(...)

(Tanita Tikaram)

sexta-feira, novembro 25, 2005

Carmina Burana

Carmina Burana consists of 200 poems written by a roving band of medieval defrocked monks and priests, the Goliards. The poetry salutes pagan rituals, drinking, debauchery and all the vagaries that come along with it. Carl Orff, a German composer who supposedly had deep ties with the Nazi Party, set the poems to music and it was first performed in Frankfurt.

"For me, dance is the purest form of human poetry. A blending of music, body, mind and soul that has no language barriers…. Carmina Burana combines romantic sexuality with movement of sweeping grandeur." John Alleyne

sexta-feira, novembro 18, 2005

o bilhete ... (5)


«deixei-te uma mensagem no gravador
devias estar no banho ....
a água tocar-te no corpo
como se fossem as minhas mãos carentes da tua pele;
tocar-te no rosto
como beijos quentes e carícias sem fim
.... ouviste?»

- ;) ... Londres, fria. falta o calor de alguém como tu.
a distância faz-me adorar as tuas palavras :) embriagas-me ...
a tempestade já se foi.
está uma noite sugestiva para aquela... prática lunar...




(foto do Lago dos Cisnes)




quinta-feira, novembro 17, 2005

Bebo as tuas mãos....

(foto de Marty Sohl)


..... estremeço da música que és.

(VaScO GatO)

amanhece
e por fim adormece
suor no rosto
o leito desfeito
cansaço no peito

como chegou até casa?
não sabe, nem quer saber
o que importa é
que está em segurança agora
só se lembrará de ter andado pela noite fora
a procura sabe-se lá de quê
ruas desertas, sombras a espreita
por fim, o cansaço venceu todas as barreiras
arrastando-se no silêncio das ruas
paredes contornando a escuridão
lá foi cambaleando...

Amanheceu
e o cansaço venceu
no leito desfeito, adormeceu...

o bilhete...(4)

(Foto do bailado 'Carmina Burana')

“o fim de semana aproxima-se espera-se chuva, mais uma vez...
dias de chuva... um sofá, uma lareira... corpo no corpo, calor e aconchego
invasão de carícias, ardentes, beijos espalhados por todos os lados
...
na sala, só o eco abraça o vazio
...
beijo grande com calor neste fim de semana”

o bilhete... (3)

«Tenho tanta coisa para te dizer,
mas não sei como;

não sei porquê a sensação
de ter de te dizer tanta coisa,
de querer ouvir-te, de precisar de te sentir perto;

Como diria H.Drummond
«o amor é a verdadeira fonte de energia»,
por isso é sempre bom dizermos que amamos alguém
para que fique ‘registado’ nos nossos corações e nos sintamos melhor.



- foram dias complicados... estou de volta... por vezes lembro-me dos nossos almoços em dias solarengos ... o que me estás a fazer?? sinto-me horrivelmente apaixonado... isso revolta-me, sabes disso...

(foto da 'Bela e o Monstro')

o bilhete...(2)


“Bom dia!

Às vezes penso que a nossa vida é uma fantasia, não se espera que se realizem os sonhos. É uma viagem do imaginário, divagações para distrair a mente….”




- estou aqui. ouço-te sem te ver. um beijo.


(foto de Steve Hanson)

o bilhete... (1)


«Meu amor,

as saudades apertam e
as lembranças atormentam os dias que teimam vagar ao passar no tempo.

A dor imensa apertava no peito,
nem os passeios á beira mar, ao luar,
nos jardins por onde passeávamos;
nem os livros que leio para fingir despreocupação;
nem tudo o resto, fez com que a dor diminuísse
e então decidi escrever-te,
dizer-te tudo o que não consegui,
o que não tive tempo de dizer,
o que ficou por dizer,
o que foi dito e que seria bom recordar.


Meu amor,
o tempo passa pela soleira da porta, o ar embrenha-se por baixo da porta esgueirando-se e entrando / invadindo a minha privacidade, a nossa privacidade, a nossa história. Como um vírus que se instala e se apodera de tudo. (...) »

(foto de Roy Round)


quarta-feira, novembro 16, 2005

Lago dos Cisnes

(foto de Rosalie O'Connor)

«Há noite ainda, mas o dia vai abrir sobre o abismo das águas, tenho em mim a disponibilidade da alegria gratuita, da simples alegria de existir, esquecer, esquecer..» Virgílio Ferreira

para onde irei...

«Eu vou atravessar o rio a deslizar,
que me separa de você;
o tempo atravessa em meu lugar
e deixo para depois o que eu tinha que fazer;
o destino aceito, sem dizer "sim" ou dizer "não",
sem entender;
e fica a sensação
de saber exactamente porquê mentir;
eu sei de onde vim
e para onde irei
mas com você fico sem saber onde estou.

Nós dois sequer nos parecemos
e não cabemos no mesmo espelho,
nós nos olhamos toda a manhã,
a ferrugem, mesmo pouca, corrói os trilhos,
as ruas nos atravessam
sem olhar para o lado,
estou em você,
e fica a sensação
de saber exactamente porquê mentir;
eu sei de onde vim
e para onde irei
mas com você fico sem saber onde estou.

Eu vou atravessar o rio a deslizar,
que me separa de você,
o tempo atravessa em meu lugar...»
(Ana Carolina)

de Alda Lara

»dentro de mim,
é que trago
a voz que não se cala,
e a força
que não mais se apaga...»

...

terça-feira, novembro 15, 2005

vem... escuta...

« se há alguém no ar
responda se eu chamar;

alguém gritou o meu nome?
ou eu quis escutar?»

« vem,
eu sei que estás tão perto
e porque não me respondes?

se
também as tuas esperas
te levaram para bem longe
tão longe desse lugar





vem,
nunca é tarde ou distante
para te contar os meus segredos

a vida solta num instante,
tem coragem
tem medo sim
que se dane Nós»


(Ana Carolina)

sexta-feira, novembro 11, 2005

como àgua para chocolate

de Laura Esquível

um romance entre Tita e Pedro, amor proibido, um trama narrada em roda da cozinha e de um certo número de elementos culinários. Cada capítulo abre com uma receita fora do comum.

« para a mesa e para a cama, uma só vez se chama»

« ... o surdo não ouve, mas compõe...»

«.... ela representava aquilo que seria uma síntese entre uma mulher angelical e uma infernal.»

« Na gota de orvalho brilha o sol
a gota de orvalho seca
nos meus olhos, nos meus , brilhas tu
eu, eu vivo...» Poema Otomí

A cidade dos deuses selvagens


de Isabel Allende

É uma expedição feita por um grupo de pessoas na selva amazónica (entre Brasil e Venezuela), em busca de uma 'estranha e gigantesca criatura', que os indígenas chamam de «a Besta», cujo odor é tão penetrante que as pessoas desmaiam ou ficam paralisadas.
Conta como Alexandre Cold e a sua avó Kate ultrapassam os limites e cedências que os separavam.
Alexandre conhece Nádia Santos tornando-se parceiros de aventura. Conhecem o xamã , Walimai - um feiticeiro índio poderoso. Fala atravês de sonhos e visões (o único que conhece o caminho para El Dorado). O velho índio mostra aos dois aventureiros o animal totémico de cada um: Alexandre, o Jaguar preto, e Nádia a Águia.
Subiram o Rio Negro até ao Alto Orenoco onde supunham provir a Besta.
«O rio Amazonas é o mais largo e extenso da terra, cinco vezes mais do que qualquer outro. Só os astronautas em viagem à lua conseguiram vê-lo, à distância, em toda a sua extensão»
Em Alto Orenoco, ficaram em Santa Maria de La Lluvia, o último enclave da civilização, dali para frente é território mágico. O povo da neblina, os invisíveis, habitantes mais remotos e misteriosos do Amazonas, e as Bestas - os indios chamam de Deuses, cujas memórias são como arquivos vivos, guardam a história dos índios de há 20 mil anos.

«A felicidade consiste em atingir aquilo por que esperámos durante muito tempo»

«O importante é ver com o coração.



30 anos Independência Angola

11 de Novembro de 1975 Angola tornou-se Indepentente....
de quê? - do Colonialismo, do 'Oprimismo' - permitam-me o eufemismo, de muitos outros 'ismos' que subjugavam o País.
Ao longo destes 30 anos foram existindo em Angola mais uma série de 'ismos' : comunismo, socialismo, 'saquismo', 'libertinismo', 'despotisismo'; ...
até que em 2002 chegou a tão Paz Democrática!
A palavra PAZ.... quer dizer:
* estado de um país que não está em guerra - ... pois :) a guerra oficialmente terminou em 2002
* tranquilidade pública - ainda não há serenidade pública em Angola, há muitos vestígios de inquietação, revolta, de sobressaltos,...
* cessação de hostilidades - como diria o outro : está em "desenvolvimento"
* serenidade de espírito - .... sem comentários....
Então permito-me afirmar que é uma Paz Aparente....

O Dos Santos (o nosso Presidente) fez um discurso na Cidadela - ouvi na RDP África, por volta das 9 da manhã - em que dizia
" O sonho que temos que realizar é de uma Angola unida e próspera" "Precisamos definir o caminho que temos que percorrer".....
Focou alguns pontos principais:
* Educação
* Saúde (sabiam que há 1 médico em Angola para 10 mil habitantes? é inconcebível...)
* Desporto (Angola está nos mundiais de Andebol Feminino, Basket e Futebol - FORÇA ANGOLA)
Termina dizendo : "Temos que mostrar que somos um País Pacífico"
Viva a Paz
Viva a Unidade Nacional
de Cabinda ao Cunene - Um só Povo e uma só Nação




Pois é meus kambas, há que reconstruir tudo! TUDO!!!





quinta-feira, novembro 10, 2005

Porém...


Porém o teu corpo se dispara,
e então
eu sou a paisagem posta a um canto
para entrar a música.

(VaSco GAto)


terça-feira, novembro 08, 2005

...

«Deixa-me ser a tua voz rouca, o hálito de cigarro, o calor do teu beijo. Deixa-me ter-te por inteiro, desvendar os teus segredos, cobrir-te de beijos, ondas de... de desejo e prazer... amar. Deixa-me ter-te para mim, acordares com um leve toque dos meus lábios, tua pele macia, bronzeada, o afago e o aconchego. Ser tua, toda e perdidamente tua.»
«Eu queria poder fazer mais do que isso... queria ser o fim do teu dia... queria que as minhas mãos fossem o relaxe nos teus cabelos...a tua confidente....Ser o teu tema favorito, o teu travesseiro, ser o teu bom dia... Se me deixasses amar-te sem mentiras, sem medos, com todo este amor que tenho para te dar, tão fiel e companheiro... se me deixasses...»

Alicia Alonso


Primeira bailarina do Ballet Nacional de Cuba, nasceu em Havana (sabe-se-lá o ano :) ; em 1931 começou a estudar Ballet.
Em 1948 fundou a escola Ballet Alicia Alonso em Havana, hoje Ballet Nacional de Cuba.
A versão cubana de 'Carmen' foi protagonizada por Alicia, com a coreografia do seu marido Alberto Alonso, dia 1 de Agosto de 1967

Carmen

Ao ouvir George Bizet, a sua ópera fantástica 'Carmen', o sol a brilhar lá fora, lembro-me de como gostava de fingir ser uma grande bailarina, dançava, dançava, "O Lago dos Cisnes", "Quebra Nozes"... O som de Bizet atinge-me com paixão e vem a imagem de um adágio em movimentos suaves acompanhando cada acorde, o cheiro das flores entranhando em mim e clarificando cada passo, uma cascata, a sedução do par que se movimenta lenta e graciosamente...

« Ah como é linda a primavera» - fecho os olhos inspirando um sabor imaginários de rosas de um jardim - «trás o cheiro das rosas e eu ali no meio, tanta beleza, ...rosas...rosas...»

Embora a história de Carmen tenha um final triste, é linda, cheia de sedução, de paixão, sensualidade, amor;...e traição....
Sensual e bela, Carmen vê-se no meio do amor de três cavalheiros: o toureiro Escamillo, Ziniga e Don José - que a mata com o punhal do amor-traído...

Pensador(a)

“Nasci” - que expressão mais excelsa para a minha presença neste mundo; mais lógico será dizer que fui feita de uma parte lenhosa de uma planta, que me recuso a pronunciar o nome; eu sei que devemos respeitar as nossas origens, daí a minha dúvida, não sei bem a minha origem... foram tantas transformações sofridas em meu corpo que houve alturas em que a minha alma se perdeu.

Sim, a minha alma, ou julgam que eu sou um simples pedaço ornamental, com formas graciosas e inertes, moldadas por mãos grossas e duras pela vida?

Lembro-me do dia que ele me encontrou, qual pau maciço jogado à beira do rio, fui sua fiel companheira noites a fio até que um dia ganhei outra forma.

segunda-feira, novembro 07, 2005



Dançar!

(foto de Patrick Baldwin)

Doze anos dourados, em que a dança fazia parte do meu dia, do meu respirar! sentia-me flutuar num palco de emoções, de vida, de cor! a dança fazia parte de mim... e faz, não fisicamente como antes! a união dos ritmos e do corpo num movimento único, um êxtase .... um sonho arrebatador ...


A história de Clara

(foto de Patrick Baldwin)

Num país distante,
Clara Stahlbaum ajeita as fitas de cetim rosa,
um brilho no ar transforma a sala;
um sorriso nervoso
o som das luzes em seu olhar
e o bater forte do coração;
chegou a hora;
no compasso da noite,
o Mágico Drosselmeyer abraça a sua entrada
e, todos se comovem
com a sua beleza e graciosidade;
todos dançam no enorme salão;
de repente, toda a sala parece crescer
uma figura emerge da escuridão,
um príncipe, um guerreiro, um soldado,
convida-a para uma dança, num rodopiar encantado
numa noite de Natal, num país distante do Reino Encantado.



36

dia 3 de Novembro, por volta das 15:30 ....

quinta-feira, outubro 27, 2005

Perola...

Bom dia linda Perola,
os dias cinzentos são cada vez mais, mas o sorriso e o bom humor abraçam esses dias com uma superioridade sublime; e isso não sei transferir para palavras escritas... (infelizmente!)...
no quotidiano, o sorriso impera escondendo as lágrimas e a tristeza (desespero?! Não!) e os dias passam num TGV louco...
pois é, como diz Jorge Palma "deixa-me rir, esta história não é tua..."


beijo
Eu

terça-feira, outubro 25, 2005

Cajú


É um fruto também tropical! É composto pelo fruto (a castanha que todos conhecem e chamam de cajú) e do pseudofruto (o pedúnculo floral - a fruta em si). É muito rico em Vitamina C e do Complexo B. A polpa - a fruta - é meio ácida, suculenta (utilizada para sumos deliciosos) e fibrosa.


Fruta Pinha

A Fruta Pinha é um fruto da família das anonácias, originária das Antilhas. O fruto é redondo e coberto de saliências arredondadas. É uma boa fonte de vitamina C e de Complexo B. Os gomos são sementes compridas, pretas e recobertas por uma massa branca/creme, doce e sem acidez. É muito saborosa e pode ser utilizada para sumos.

Claro que eu prefro ao natural, assim como 99,99% da população angolana :)



segunda-feira, outubro 24, 2005

se não houve....

« se não houve frutos, valeu o perfume das flores;
se não houve flores, valeu a sombra das folhas;
se não houve folhas, valeu a intenção das sementes»
Henfil
... escrever ajuda-nos a preservar a sanidade....

segunda-feira, outubro 17, 2005

três noites

esta noite
vou ser Feiticeira
e entrar nos teus sonhos
esta noite
vou ser uma Deusa
abraçar-te toda a noite
esta noite
vou ser a Mulher
no silêncio das três noites

just me...

(de uma foto do Fernando M)

"... e por vezes agarramos um braço como se pretendêssemos instalá-lo,
de repente e para sempre, na nossa ternura"
(Vasco Gato)

who cares?

(de um quadro pintado por um amigo, o Luis Fernandes - Angola)

quinta-feira, outubro 13, 2005

Parabéns Mãe

59 anos...
de luta, de força, de garra
de silêncios, de longas conversas
de sorrisos, de lágrimas
de carinhos nas noites perdidas
de olhar atento, de amizade
de ternura, de respeito, de calor
de Amor....
de profundo Amor
pelas filhas & pelos dois tesouros:
Rafael e Joana, os netinhos
Amo-te
Parabéns Mena pelas 59 lindas velas


segunda-feira, outubro 10, 2005

segunda-feira, outubro 03, 2005

sexta-feira, setembro 30, 2005

...

Que pretensão a do vento em tentar ler as frases inacabadas pelo rasgar calmo de umas mãos cansadas e magoadas. Que pretensão a do vento em tentar decifrar o sorriso ténue e as lágrimas devastadas que caiam em seu rosto.


O seu olhar percorreu o horizonte e entregou o seu destino à natureza.

terça-feira, setembro 27, 2005

hoje choro...

as pálpebras
pesam dos anos que passam matreiros, com pressa, sem esperas
sem tempo para planos, agendas, rascunhos, correcções, nem dúvidas;

às vezes quando se juntam, encontram gotas salgadas da dor do tempo
dos desenganos, das traições e das mentiras,
das tristezas e desiluções, da saudade e da ausência,

apesar de protectoras, não têm o escudo contra a violência exterior
contra a miséria do interior das pessoas, que sufoca...

naqueles dias

naqueles dias ...
em que a vontade de desaparecer é imensa,
em que tudo à volta parece ruir,
o chão , como se fosse um tapete que
tão de repente nos fosse puxado debaixo dos pés,
em que o vazio do nosso abraço já não é o suficiente,
em que as nossas forças viajam pr'algum lugar
um lugar não se sabe onde,
em que a urgência de dormir por muito tempo persiste,
o desespero de encontrar um olhar de conforto
e não encontrar em lado algum,
a esperança de saber o gosto do calor, esvoaça
perdida algures sem nunca ter batido à porta,
em que um frio aperta no estómago sem saber o que fazer
a dúvida do conforto, do aconchego, do carinho
da manhã maternal , do sorriso, do beijo,
do toque suave na porta, benvindo o abraço do final do dia
em que se perde a bússula tão naturalmente
como se perde o equilíbrio
em que não se quer ouvir o relógio porque a dor é imensa
porque já é tarde para se esperar atrás da porta.....

terça-feira, setembro 20, 2005

nunca é tarde...

Inicialmente a apatia tinha tomado conta dela numa dilação silenciosa do que fazer daqui para frente. Depois uma confusão de vozes numa vacuidade de decisões e de repente vê-se a olhar para o mar. O vento traga as diversas opiniões extorquindo-lhe os pensamentos, os segredos, os medos, os desejos; e num ósculo cálido sussurra-lhe idênticas situações ocorridas e a força e coragem com que foram combatidas.

Sentiu-se rasgar aquela folha de papel que a marcava para sempre. Pedaços restaram daquele vulcão e as labaredas iam sendo levadas pelo vento, tão devagar como uma toda história de uma vida.

Num dia de Inverno...










Caminhando pelas ruas de Lisboa
o ar gélido teima em sussurrar-me
palavras mansas e reconfortáveis;
vejo pessoas de mãos dadas
contando segredos;
vejo pessoas apresadas
para os seus empregos;
vejo pessoas rindo;
vejo-as e sorrio;
cá dentro de mim
sinto-me perder...
espero ansiosa na esquina
- espero que seja essa a esquina -
ao longe oiço gritos abafados pelo vento
que me chegam imperceptíveis
....

(a foto é do Fernando M)

quinta-feira, setembro 15, 2005

na noite...também

ruídos na noite
sombras perdidas
minha voz sofrida
tua voz calada
vejo-te afastar,
de mansinho
durante a noite
pelo caminho

na noite

ruas escuras
minha sombra esguia

de esquinas em esquinas
andam mais sombras nuas

vejo-te longe, perdido
duas almas vazias

por um momento....


quando se abre uma cortina
os olhos molhados transpiram
sentimentos profundos, afunda
a dor no peito contida

quando de um abraço
a vontade aperta
e mesmo eu não me esqueça
de te sentir tão perto, tão longe

não estás porque não existes
és uma sombra
que me assombra

és um vulto que me preenche
não és uma presença
és um instante
do meu querer, pensamento
de ter querer, por um momento

não importa se tens nome ou não
o que quero é que existas
abraçar-te, tocar-te, amar-te
o que quero é que saibas que existo
que me abraces, me toques, me ames

como queria
poder ter-te comigo
por um momento


(foto do Fernando M.)

segunda-feira, setembro 12, 2005

take off your skin & dance

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a música tem o poder de nos agitar a alma, favorecendo assim a lembrança...
é um mistério tão grande o não saber onde ficaram os nossos gestos...
não poder voltar a ouvir o som das palavras...

sexta-feira, setembro 09, 2005

a voz do silêncio

Querer estar longe deste ar,
sumir da escravidão do dia
e refugiar na praia,

adormecer ao som das ondas
deliciadas pela voz das sereias

acordar com o cheiro do tempo
que passou sem dar por isso,

sentar , cerrar os olhos,
ouvir o bater forte do coração

querer ver-se livre de tudo,
do dia que se tem,
fugir para um lugar mudo
onde se tem o que se tem
e não se tem o que não se quer

quere ver-se livre, voar, voar

o som das ondas, embalar

querer estar longe...


(a foto é do Fernando M...obrigada, está lindissima)



schiu...


«todos os meus silêncios são uma criança que espreita!» (Vasco Gato)

quinta-feira, setembro 08, 2005

olhar...

É difícil encontrar a ordem das coisas que não se vêm.