segunda-feira, fevereiro 27, 2006

e... a espera

temos coisas em comum
e uma delas é o mau hábito
de trabalharmos até muito tarde;
mas é bom por outro lado,
não há olhares indiscretos a nossa volta,
quando nos cruzamos pelos corredores
os corpos unem-se sem explicação,
como que sempre tivessem sido um só,
buscamos a harmonia, o contacto,
buscamos a força, união,
sussuramos doces palavras ao ouvido
e permanecemos colados um no outro
como se o mundo não existisse a nossa volta,
e quando os nossos lábios estão quase juntos
um clic, um som ao fundo, passos
sorrimos um para o outro
'fica para a próxima'

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