quarta-feira, junho 28, 2006

Flor-de-Lis

Nunca pensamos que esse dia chegasse, não tão cedo, não com ela.
Um dia de Primavera, a sua estação preferida; a Primavera trás cor, alegria, sorrisos, como ela era todos os dias.
Onde ia buscar tanta energia, tanta força, tanta ternura, tanta vida? Um amor que não tem fim, intenso:
A brisa no ar abraça-nos como se fossem os braços dela a nossa volta, carinhosamente, protectores, envoltos na sua magia de amar sem facturas, sem recibos, sem cobrança no destino;
De mãos dadas, sabemos que uma nova era virá, sem ela fisicamente presente, mas espalhada por todo o lado; sentimo-la connosco, alí, enquanto aquele corpo vai para a sua última morada; as santas palavras do padre acompanham os sentimentos de todas nós (de todos); as lágrimas uma timidamente escondidas no canto dos olhos , outras mais arrojadas escorrem pela face; e nós ali , as quatro de mãos dadas e uma rosa entre os nossos dedos entrelaçados; tentamos um sorriso, ele aparece num coração apertado, um nó na garganta, um sussuro no ar que nos tenta confortar.
E estamos alí, as quatro...quer dizer as cinco, porque tu estás connosco e sempre estarás.

Olho as pessoas a minha volta; como somos tão mesquinhos e esgoistas; a falta que ela nos faz, e só passaram dois dias. A saudade espelhada nos rostos de todos mas tentamos emanar alegria como ela queria, como ela era.
Somos o nosso jardim: eu sou a Violeta ( amor), há a Tulipa (Glamour), a Jasmim (sedução), a Camélia (alegria) e tu a Flor de Lis (sabedoria , amor, alegria)



segunda-feira, junho 26, 2006

Tu




«como no amor:
existe o momento de dar
e o momento de negar»

sexta-feira, junho 23, 2006

Salada Russa de Tchekov

Fui ver esta peça de teatro, no Teatro Ibérico, Rua de Xabregas - Lisboa.
São duas comédias do escritor e dramaturgo russo, Anton Tchekhov, «O Urso» e «O Pedido de Casamento», que levam-nos a velha e tradicional burguesia rural russa, numa série de peripécias carregadas de intriga, bom humor e claro, vodka. Em ambas as histórias, encontram-se as marcas inconfundíveis do autor, que descreve as suas personagens de forma apaixonada, mostrando o carinho e simpatia pelo ser humano, confrontando o público com guerras entre sexos, disputas familiares, monólogos introspectivos, conselhos e justificações, até ao surpreendente final.

Fui a convite de uma querida Amiga (Cris B) - Obrigada!
Tive um choque momentâneo pois não estava a espera do exagero teatral das personagens (1º porque não conhecia o trabalho de Tchekov, 'perdoem-me o meu francês') mas mergulhei no tempo, viajei até a época, senti-me dentro da sociedade aristocrata russa e Gostei.

do Campo para a Cidade


dito assim até parece que estou de volta a civilização;
enganem-se se pensam que me sinto bem;
sinto-me encurralada no meio do trafego
de pessoas que andam apressadas sem olharem para o lado;
no meio de poluição sonora, ambiental
no meio de um turbulhão de vozes que não me dizem nada
no meio de gargalhadas atiradas ao vento, sem rumo ....

bem, isso para dizer que a partir de hoje encontro-me a trabalhar no edificio do Oriente (Parque das Nações) Lisboa (a fazer a mesma coisa, para a mesma empresa)
ontem foi o meu último dia no TagusPark, a minha secretária ao pé da janela envidraçada, onde pousavam passarinhos, pombas,... onde tinha uma vista espectacular para o campo do golf (inacabado ainda) e uma imensidão de ceu azul.
O sol brindava-me todos os dias e abraçava-me.... agora a única luz que me vai abraçar é de lãmpadas e a única vista que terei é de armários cinzentos... se bem que consigo vislumbrar :) um pouco as janelas lá ao fundo....

Benvinda sou ao meu novo local e espero que tudo corra bem.

quarta-feira, junho 21, 2006

o Orgulho da Nação - Palancas Negras

Estiveram MUITO BEM.
Portugal marcou-nos um golo,
Empatamos com o México (o 4º melhor do ranking mundial), Ganhamos um Ponto
Marcamos Um Golo ao Irão (sofremos outro), Ganhamos mais um Ponto
(ler crónica)

Saímos de Cabeça Erguida. Mwangolés estamos em FESTA:
os nossos Palancas são o nosso Orgulho,
são o espelho de um povo lutador, forte, unido, sorridente,
mostramos que somos bons em campo,
temos uma boa defesa, e apesar de termos alguns jogadores que jogam fora, eles estão em 2ªs divisões (excepto 2) e temos o NOSSO João Ricardo que há um ano que não tem clube.
Tudo isso para dizer que somos GRANDES.
(só um aparte: já viram meus avilos, que nós não deixamos México meter nenhuma bola na nossa baliza hein???).

Obrigada Palancas Negras, obrigada por nos terem dado uma alegria enorrrme.

e é Gooooooooooooooooolo ANGOLA


foi lindo, foi lindo,
haja coração para tanta emoção
marcamos o nosso 1º golo na nossa 1ª Copa

«Aos 14 da 2ª parte, Zé Kalanga faz um cruzamento preciso e Flávio, que substitui Akwá, coloca para dentro, marcando o primeiro golo angolano.»

SOMOS LINDOS, maravilhosos

Porquê que gosto de Peter Gabriel

porque é mágico e intenso
é doce e forte,
é directo e inteiro
é simples e profundo
é rouco mas não sabe a pouco

preenche, é suave
é poesia, é melodia
é sabedoria, é sensibilidade
é humanismo, é força


«You had to be so strong
And you do nothing wrong
Nothing wrong at all
We're gonna to break it down
We have to shake it down
Shake it all around»
Shakin' the tree

«the light the heat in your eyes,
I am complete in your eyes,
I see the doorway to a thousand churches in your eyes,
the revolution of all the fruitless searches in your eyes,
I want touch the light the beat I see in your eyes»









terça-feira, junho 20, 2006

...



«as pessoas não mudam
limitam-se a envelhecer»

broken wing


everyone have a broken wing
i hope that it could bring back home

segunda-feira, junho 19, 2006

o 1º Ponto na Copa


Oliveira Gonçalves « tivemos um bom desempenho... acho que posso afirmar que foi o melhor resultado da história do futebol angolano. É a nossa primeira Copa do Mundo e já conseguimos ganhar um ponto no segundo jogo. O País inteiro comemorou o resultado diante de Portugal e agora então, a festa pela conquista desde ponto contra o México será muito maior. Tinhamos dois objectivos quando chegamosà Alemanha: deixar o nosso País e o nosso Continente orgulhosos e creio que realizamos essa meta da melhor maneira possível com esta partida....»
foram as palavras de um homem calmo, que sabe o que quer, que traçou uma estratégia de defesa permitindo-nos chegar até aqui, pois todos temos consciência que Angola não tem uma grande ofensiva, mas Oliveira Gonçalves está a jogar pelo seguro: DEFESA. E estamos todos a fazer uma boa Copa: desde o Kali, o Jamba, o Figueiredo, o André, o Akwá, ... ao João Ricardo.

Parabéns CAMPEÕES (para nós vocês são os nossos Campeões) e OBRIGADA, tenho muito ORGULHO em SER ANGOLANA.

João Ricardo - O Homem


«Uma Copa do Mundo da FIFA é o palco perfeito para as grandes estrelas brilharem ao mais alto nível. Para ganharem o estatuto de imortais no planeta futebolístico e serem lembrados durante anos e anos a fio. Mas nem só desses casos se faz a história dos Mundiais e são as excepções como a de João Ricardo que demonstram que a humildade e a força de vontade também podem dar direito a um lugar de grande destaque entre os maiores

É O Homem, aquele que torna inviolável a baliza angolana, aquele que tornou possível um ponto para a nossa selecção. E acredita JR que TODOS os angolanos estão contigo, de coração.

Obrigada , és o MAIOR.

João Ricardo - O Homem (II)


«O guarda-redes da selecção angolana não é, obviamente, caso único, mas a sua história ganhou mais notoriedade quando se tornou o Jogador da Partida Budweiser frente ao México, mantendo as suas redes invioladas e ajudando Angola a conquistar o seu primeiro ponto no Campeonato do Mundo.

Até aqui nada de extraordinário, mas, para alguém que estava há um ano sem competir, o feito e o momento de forma de João Ricardo são, sem dúvida nenhuma, assinaláveis. A história do atleta, de 36 anos, é, aliás, bastante diferente daquilo a que estamos habituados a este nível. Num mundo onde jovens de 19 anos já são grandes estrelas e onde o profissionalismo se atinge ainda antes da maioridade, o guarda-redes também é uma excepção.»

sexta-feira, junho 16, 2006

So do I



you say need somebody in your life - so do I, so do I
you say you make up crying every night - so do I, so do I
to loose somebody you build your world upon leaves you apart when they're gone
now you feel you want to love again - so do I, so do I
you say you find you'd have now to pretende - so do I, so do I
and look upon it being more than friends - so do I, so do I
love don't come easy belive me I should know I've love to lost someone before
but if you believe in me the way there I belive in you
woman nothing gonna stop us until we make our dreams come true
I know that you really wanna try - so do I, so do I
you may say I'm dreaming
but should the drems come true now that ?'ve found someone like you
you say you got a feeling with love - so do I, so do I




Paulo Gonzo

ontem no Estoril, no Du Arte Lounge, nos espectáculos de Verão.

Gostei imenso do concerto de quase 2 horas.Surpreendeu-me mesmo. Nunca tinha Paulo Gonzo ao vivo , no palco. (já tinha estado com ele num espectáculo do Luis Represas, em Odivelas, ele estava cá ao pé de nós a ver o sow)
Gostei muito mesmo. Foi um bom espectáculo.
O reportório foi muito variado, e claro que não podia faltar a primeirissima de 1985: So Do I

quarta-feira, junho 14, 2006

Top d'ELAS - Lindas


venham lá as famosas (não necessariamente nessa ordem):

* Meryl Streep
* Sandra Bullock
* Renee Russo
* Meg Ryan

Top Tipo Homem


venham lá os famosos (não necessariamente nessa ordem):

* Gabriel Byrne
* Robert De Niro
* Jeremy Irons
* Alan Rickman

* Dr. House (Hugh Laurie)
* Morgan Freeman
*
John Molkovich
* Michael Easton
* George Clooney

Charme, mistério, agressividade, humor inteligente, ....

Palancas (2)


Com o nome de «palanca» ou «malanca» distinguem-se em Angola três espécies, muito semelhantes no físico e nos costumes:
—A «palanca vermelha» (Hippotragus equinus), das três a mais abundante e espalhada em Angola, pois é comum em toda a província, com excepção das grandes florestas do Norte e das regiões desérticas da costa e do extremo Sul.
— A «malanca» ou «palanca da Rodésia», abundante em terras dos Luchazes e Cuando, até o Cubango e Cafima.
—Finalmente, a afamada «palanca negra», ou «palanca gigante», espécie exclusivamente angolana, muito rara e reduzida a algumas centenas de indivíduos, na região compreendida entre o curso superior do Cuango e o rio Luando.
São as três antílopes magníficos, da corpulência dos «olongos» atrás citados, caracterizados pela beleza opulenta dos quartos dianteiros, altivamente elevados, e que dão aos seus corpos linhas suavemente escorregadias, da frente para trás — e por lindas armações erguidas sobre cabeças equinas e constituídas por cornos recurvados como alfanges e primorosamente torneados.
Ambos os sexos são providos de cornos.
Embora tímidas e fugitivas, como todos os antílopes, as palancas, especialmente os machos, são agressivas e perigosas, quando feridas ou muito atacadas. Não só se defendem energicamente das agressões, como também atacam quem se lhes aproxima. Servem-se maravilhosamente das armações.

(autor desconhecido)

Palancas

a) Hippotragus equinus
b) Hippotragus niger
c) Hippotragus niger variam


terça-feira, junho 13, 2006

Palancas Negras


Meus avilos vocês portaram-se MUITO bem. Foi um GRANDE JOGO.
Parabéns Palancas Negras. Mostrem o que valem.
Estamos TODOS com vocês. Angola no Coração.

domingo, junho 11, 2006

6 anos Meu Sobrinho Rafael

faz 6 anos que o meu sobrinho (primeiro) nasceu. Aqui nem tinha 1 dia e já estava apaixonado pela tia dele (eu claro:) ).
foi o 1º netinho, o 1º sobrinho, o 1º tesouro, o 1º monstrinho, o 1º terrorrista ...
tinha uns dedos de ET, um sorriso lindo e um olhar doce.
ainda continua com os dedos de ET, um sorriso lindo e um olhar doce e inteligente.
adora 'amimais' , desenhar, conversar... é uma optima companhia (adora falar de 'amimais', de filmes, de passeios, de programas de televisão - Odisseia etc..)
sou também a madrinha dele; eu e a Nay (ah a representante foi a Isabel:))
ao meu sobrinho, meu 1º lindo tesouro, tudo de bom para ti, todo o nosso amor em triplo para todo o sempre, toda a nossa ternura para todo o sempre, nosso coração.
Amo-te Rafael, meu monstro das bolachas.

sexta-feira, junho 09, 2006

A.U.M


A Meditação A.U.M (Awareness Understanding Meditation) foi concebida por Veeresh, um dos mais antigos discípulos de Osho. É uma meditação social com duração de duas horas e meia em 12 estágios acompanhados por música, onde aprendemos mais sobre as nossas emoções, através da expressão dos mais diversos estados de espírito, indo de uma polaridade à oposta.



Eu gostei imenso de ter feito 2 horas de AUM , dia 9 de Junho, (fui com a Ana e a Ruth) com o Khalid. Se puderem façam, vale a pena soltar as energias todas, rir, chorar, gritar e dançar.

Força Angola - Vamos viver o nosso Sonho


desde que Angola ganhou o lugar no Mundial (Copa do Mundo, como dizemos na banda) passou a viver um SONHO.
Um sonho que veio brilhar mais o rosto sorridente de um povo cansado.

São várias as músicas de apoio à Selecção Angolana, por exemplo:

«de Cabinda a Cunene
vamos levar a nossa bandeira
cada bola que tu chutas
vai valer tua mestria
deixa lá soltar o golo

faz crescer nossa alegria»



Esta é a que mais oiço na RDP África :
«...
Angola no coração
leva as cores da nação
faz a finta meu irmão
Angola
chuta a bola
Angola
queremos a vitória

Palanca Negra
já venceu
não percamos a esperança»



Vamos todos acompanhar este SONHO até ao fim.
Eu Estou com os Palancas Negras na Copa, de alma e coração.

quarta-feira, junho 07, 2006

Namoro



Cresci a ouvir este poema escrito por Viriato da Cruz e cantado por vozes magníficas angolanas (que ficaram na história)

sempre gostei desta parte:
«Tocaram uma rumba, dancei com ela
e num passo maluco voamos na sala
qual uma estrela riscando o céu!
E a malta gritou:"Ai, Benjamim!"
Olhei-a nos olhos - sorriu para mim
pedi-lhe um beijo - e ela disse que sim.»

Meu amor da Rua 11

Para ti este poema de Aires de Almeida Santos (Angola-Benguela).

Força Angola

Avilos:

Hoje às 17:00 na Praça da Figueira
espectáculo 'Força Angola', entre outros o meu kamba Eduardo Paim está lá:)
eu não sei se vou poder ir (infelizmente)
mas torço pelos Palancas Negras
torço pelo sonho que estamos a viver.


Ai Mwangolé

segunda-feira, junho 05, 2006

Raul Indipwo até sempre


Raul José Aires Corte Peres Cruz, Raul Indipwo, natural de Angola ( e há muitos anos residente em Portugal), encontrava-se internado no Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, onde morreu hoje
Raul Indipwo e Milo MacMahon (também já falecido),
conheciam-se desde a infância, em Benguela, e quando se reencontraram, já no início da idade adulta, iniciaram um projecto centrado no folclore angolano de várias etnias e idiomas; formaram em 1959 o Duo Ouro Negro. O nome Ouro Negro foi escolhido porque, naquela região de Angola, designava tudo o que fosse excepcional: o petróleo, o café, um jogador de futebol fora de série ou um bom cantor, como os dois músicos explicavam.


«Eu nunca tinha visto o mar e, mesmo fazendo um grande esforço, não conseguia “ver” todas as descrições que dele me tinham feito, e nos meus cinco anos incompletos não conseguia meter na minha cabeça uma coisa assim tão diferente, tão grande, maior que a anhára que se estendia para lá dos campos de trigo e do rio Tximpopunhime, muito maior que o Cunene....maior que a minha imaginação.» Raúl Indipwo

Até sempre Raúl.