quarta-feira, janeiro 11, 2006

"Olá... até sempre!"

De madrugada, o silêncio das sombras nocturnas a vaguearem pela cidade... o susto do telefone, um sobressalto.
– sim?
– Olá Yala, sou eu, acordei-te?
– Sim.... que horas são?
– Muito tarde. Não conseguia dormir, só penso em ti. Gostava de estar aí. Se nos víssemos a gente ia gostar um do outro, assim com tanta ternura, é o mais certo
– Gostar, Zé Pedro, já gostamos... é muito agradável falar contigo, existe ternura nas palavras e carinho ao enviar e receber mensagens, e ao telefone... podemos ser grandes amigos, daqueles que gostam de molhar os pés a beira mar...
– Costumo dizer que mais vale uma grande amizade do que por vezes um grande amor
Isso...e pode-se resistir ao ‘eclipse’ e contentar-nos com a grande ternura que nos une...
– Mas acho que não quero resistir
– Um dia, se nos virmos pessoalmente poderemos ter outra opinião
– Só de estar a falar contigo, sinto uma vontade enorme de te abraçar , de te sentir, de estar contigo, sinto que és o complemento, para estar na minha plenitude, quando estamos a falar, sinto uma paz enorme, como se o que está a volta por momentos desaparecesse
- Todos precisamos de um raio de sol...
– Claro que sim. Entra na minha janela e aconchega-me com o teu calor.
– Já estou a entrar ...
– eu, de olhos fechados, consigo sentir-te, ...um arrepio... Eu nem digo o que tenho vontade de fazer
– Não digas então....

O dia acordou estranho...

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