sábado, fevereiro 24, 2007

Um sábado DifeRentE

Depois de um reforçado pequeno-almoço ao meio-dia, pus-me a caminho, apanhei a IC19 rumo a Sintra (13:30). Cidade histórica, cheia de palácios, castelos, monumentos históricos (levaria mais de um dia a falar sobre Sintra).
Passei pela Quinta da Regaleira, não entrei pois é muito caro (5€ a entrada) e infelizmente as economias estão escassas. Admirar vezes sem conta a fachada, espiar a quinta pelo lado de fora e imaginar Carvalho Monteiro em 1892 no seu misto esoterismo, o poço iniciático “espécie de torre invertida que mergulha nas profundezas da terra”, simbólica alquímica;
Subi até ao Palácio de Seteais, construído por Daniel Gildemester (finais séc. XVIII), o majestoso neo-clássico Arco Triunfal (1892). Vi a Rampa da Pena (Azinhada Vale dos Anjos). (14:17)
Fui até ao Parque de Monserrate, do séc. XVIII, com um maravilhoso Jardim Botânico com mais de 2500 espécies diferentes de plantas; com cascatas e lagos, ruínas; Não entrei porque… (4€). Mas, no parque em frente com uma cascata e mesas para piqueniques, estive a admirar a sua grandeza e energia.
Colares, lindo, com casas lindas e o ar que se respira é inigualável. (15:20)
Após um esforço enorme para não entrar em pânico, calafrios, 30 km/h para desespero do carro de trás, ao subir a estrada que vai para o Cabo da Roca, lá cheguei. (15:50). É que eu sofro de Abissofobia, para quem não sabe é o medo de abismos e precipícios (muito confundida com Acrofobia – medo de alturas, que também e infelizmente sofro). Pensei ficar pior com a altitude quando lá cheguei mas até que funcionou bem! – Cabo da Roca fica a uma altura de 140 metros acima do nível das águas do mar, o ponto mais ocidental da Europa. Ao olhar para longe, senti-me viajar pelo oceano atlântico de volta a minha terra, o meu coração. Conversei com a imensidão oceânica, trouxe-me de volta o cheiro do mussulo, da ilha de Luanda, do coco, da múcua, do dendén.
Vi pais&filhos, avós&netos, namorados&amigos… sorrio…estava na hora de ir. (16:35)
Cheguei à Praia das Maçãs (16:58) a tempo de fazer o meu piquenique (chá de cachinde ainda quentinho e sandes queijo e paio) a ver as ondas bravas a bater na areia e pedras. Caminhei ao longo da praia, das ruas até entrada de Azenhas do mar e voltei, senti-me longe. Vi o por do sol. (17:50)
Vim por Sintra, claro! A IC 19 estava um caos, e lá consegui chegar a casa (19:00)
Para completar o dia, fui ao Teatro, ao Tivoli, às 21:30, ver “Tangos & Tragédias” um clássico do teatro brasileiro cheio de humor e música. Conta a história de dois Sbórnianos :) , o Maestro Plestkaya (Nico Nicolaiewsky) – que toca acordeão e piano e o Violinista Kraunus Sang (Hique Gomez), vindos do imaginário país Sbórnia e onde se dança o "Corpénico" :). Esta comédia musical foi estreada pela 1ª vez em Porto Alegre – Brasil, em 1984.
Voltei pela marginal, por volta da meia noite estava em casa.


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