segunda-feira, fevereiro 05, 2007

tão somente....

a luz que me cega no palco perdido algures pelo espaço do meu tempo,
a luz que me trás a lembrança desse passado tão presente,
um lugar, um espaço, um refúgio, um canto onde ninguém nos vê,
onde o calor do tempo passou sem nos dizer nada, sem assobiar um intervalo
perco-me nas lembranças, onde tu te encaixas sem aviso prévio,
vagueio e não sei por onde ando, onde me perco, nem sei se lá estou,
sento-me no manto vazio que me prende a ti, e tu a mim
e tento compensar-me da tua ausência, sem muito sucesso
estás em mim, em cada espaço, em cada retoque, em cada memória

«e é amar-te assim perdidamente
e é seres alma e sangue e vida em mim...
e dizê-lo cantando a toda a gente»


(foto tirada da net)


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