Notícia do jornal ‘Angolense’ dia 3 Abril 2006... (clica aqui para leres)
Ora, espanto-me ainda com o cinismo dos meios de informação (e governantes), de tentarem tapar os olhos com a peneira. Como é possível , nesta altura do campeonato, considerarem como ‘notícia’ uma coisa dessas???
Não é novidade para ninguém da degradação do estado sanitário em Angola. Só para exemplo: nos meus tempos de liceu nunca fui à wc (já não falando da universidade que nem me lembro onde ficavam:)). Visitar amigos que moram em prédios é, no mínimo “um ataque em todas as frentes”; desde líquidos duvidosos a escorrer pelos corrimãos – quando existem - , em poças no chão sem espaço de manobra para passagem humana, e não me alargo mais, não quero empestar-vos:), e nem falando em ter ido a certas casas de pessoas letradas e na wc não ter loiças sanitárias : foram arrancadas , “nada como despejar directamente no buraco...”.
Isso é um problema de falta de Cultura.
(estava para dizer que é falta de cultura citadina, mas sinceramente, tenho uma tia-avó que mora numa casa cujo chão é de terra batida e tem uma latrina; portanto, não tem nada a ver com viver na cidade ou viver na aldeia/mato).
No geral, existem poucos princípios básicos. O essencial não é construir prédios, pontes, auto-estradas, clínicas, restaurantes, discotecas...
o essencial é:
* construir o interior de cada um de nós;
E isso passa pelo interior das nossas quatro paredes: a nossa casa. Se não sabermos como se mantém uma casa higienicamente saudável, como saberemos viver no mundo exterior???
Vá, continuemos a culpar o Governo de tudo, a Guerra de tudo... é uma estupidez acharmos que poderemos , com isso, enganar os outros e a nós...
Meus avilos o mambo é :
- lava o teu quintal nem que seja com água da cacimba – dá sempre para cacumbular um coxe de água (de kaxexe;).
- Não canjonjem na água, meus, há bué no Kwanza
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