quinta-feira, janeiro 19, 2006

outro dia qualquer


num outro dia qualquer
entrava por aquela porta
dizia umas quantas coisas
batia com a porta na cara
de quem nos lixa a vida

permitia que a raiva
tomasse conta de mim
gritava até me
faltarem ar nos pulmões
até as órbitas
saltarem dos meus olhos
com insensato descontrolo

e quando a porta se fechasse
nas minhas costas
sentia um alívio dormente
em todo o meu corpo

se fosse outro dia qualquer

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