quinta-feira, novembro 01, 2007
Chuva
que saudades da chuva da minha terra (sim, minha terra de coração, de alma, de vida, A minha Luanda). Saudades de quando iamos para a rua apanhar chuva, quentinha, aquele cheirinho gostoso de terra molhada, de calor da terra amada, das crianças sorrindo nos rostos marcados, nas quitandeiras de panos passeando os pés descalços pelas ruas da cidade... que saudades.
«A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
...
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade»
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1 comentário:
As coisas vulgares que há na vida
Não deixam saudades
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir
Há gente que fica na história
da história da gente
e outras de quem nem o nome
lembramos ouvir
São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder
Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer
A chuva molhava-me o rosto
Gelado e cansado
As ruas que a cidade tinha
Já eu percorrera
Ai... meu choro de moça perdida
gritava à cidade
que o fogo do amor sob chuva
há instantes morrera
A chuva ouviu e calou
meu segredo à cidade
E eis que ela bate no vidro
Trazendo a saudade
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