«Meu amor,
as saudades apertam e
as lembranças atormentam os dias que teimam vagar ao passar no tempo.
A dor imensa apertava no peito,
nem os passeios á beira mar, ao luar,
nos jardins por onde passeávamos;
nem os livros que leio para fingir despreocupação;
nem tudo o resto, fez com que a dor diminuísse
e então decidi escrever-te,
dizer-te tudo o que não consegui,
o que não tive tempo de dizer,
o que ficou por dizer,
o que foi dito e que seria bom recordar.
Meu amor,
o tempo passa pela soleira da porta, o ar embrenha-se por baixo da porta esgueirando-se e entrando / invadindo a minha privacidade, a nossa privacidade, a nossa história. Como um vírus que se instala e se apodera de tudo. (...) »
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